11 de ago. de 2010

FOCO EM SAÚDE PÚBLICA

Farmácias começam a enxergar sua importância como agentes para a saúde da população e investem em campanhas que, além de serem essenciais para a sociedade, ainda trazem retorno em imagem e fidelização dos clientes.

Por Kathlen Ramos

    Se as mudanças impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são realmente boas e viáveis para o setor farmacêutico, isso ainda é muito discutível. Mas os questionamentos que a entidade trouxe sobre o verdadeiro papel das farmácias na sociedade geraram muitas reflexões. A proibição da venda de produtos e serviços que não estão ligados à saúde (por meio da RDC 44) é uma delas. Mais do que proibir a venda de diversas linhas de produtos dentro desses estabelecimentos, essa RDC trouxe à tona a discussão sobre o verdadeiro papel das farmácias, que deveriam ser instituições voltadas única e exclusivamente à promoção da saúde.
   
    Antes mesmo dessa resolução, muitos estabelecimentos começam a agir como agentes de saúde, realizando campanhas de prevenção a doenças, por exemplo. Ações importantes e que trazem ganhos positivos para a própria imagem das farmácias, que passam a ser vistas com mais respeito pelos consumidores. "Além da fidelização, elas contribuem para o marketing institucional e a propaganda boca a boca da empresa junto ao grande público. Marketing este que nenhum dinheiro ou campanha é capaz de bater. É gente falando positivamente com gente", salienta a palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo, Silvia Osso.
    
    Portanto, campanhas assim se tornam um grande diferencial competitivo. "São uma tendência de mercado, primeiro porque a farmácia deve estar engajada na promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida da comunidade onde está localizada. Depois, do ponto de vista de marketing, porque esta é uma ótima oportunidade de fortalecer a sua marca e mostrar sua preocupação com a responsabilidade social", explica o coordenador do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi, Geraldo Alécio, reforçando que, a partir de atitudes como essas, os lucros são uma consequência natural.


    O novo contexto em que o curso de farmácia se encontra é bem desafiador. Diante da matéria mencionada acima pode vir então a pergunta: Qual o Papel do Farmacêutico no NOVO contexto da saúde?
Em relação a esta pergunta, vale a pena conferir essa entrevista com o farmacêutico Amílson Álvares em 21/01/09 (na época também Vice presidente do Conselho Federal de Farmácia).  

 

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com