16 de jun. de 2011

Brasil consome metade da sibutramina vendida em todo o mundo


     Brasil é responsável pelo consumo de cerca de 50% da sibutramina vendida em todo o mundo, além de ocupar o terceiro lugar no ranking dos países que mais consomem derivados anfetamínicos. Os dados citados pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante a abertura do Painel Técnico Internacional sobre Eficácia e Segurança dos Medicamentos Inibidores de Apetite, evidenciam uma contradição. Se os índices de obesidade têm crescido no Brasil nos últimos anos, qual a eficácia da utilização dos anorexígenos no tratamento da obesidade?
     Esse e outros questionamentos norteiam o Painel Internacional promovido pela Anvisa, nesta terça-feira (14), em Brasília. O objetivo é identificar o perfil de segurança e eficácia dos medicamentos inibidores de apetite com a finalidade de dar subsídios à tomada de decisão da Diretoria Colegiada da Anvisa sobre a retirada ou manutenção destes medicamentos no mercado farmacêutico brasileiro.
     Durante o período da manhã, o debate se concentrou na análise dos prós e contras do uso da sibutramina, com base nas evidências científicas disponíveis, em especial no mais recente estudo com o medicamento, o estudo SCOUT. A pesquisa em questão foi realizada em 16 países, com 10.744 mil pacientes, e indicou um aumento significativo do risco cardiovascular em pacientes com histórico deste tipo de problema.
     Segundo o parecer técnico da Anvisa, os riscos da utilização da sibutramina superam os benefícios. " Os fatores de risco cardiovascular se misturam com a obesidade por si só, sendo difícil separar grupos de pacientes para os quais a utilização do medicamento apresentaria margem de segurança aceitável" , afirmou Laís França, do Núcleo de Investigação em Vigilância Sanitária da Anvisa. Entre as reações adversas destacadas pela técnica, estão: elevação da pressão arterial, arritmias, acidente vascular cerebral hemorrágico, convulsões e depressão.
     " A sibutramina não deve ser prescrita irrestritamente. Os médicos precisam avaliar cuidadosamente todas as alternativas terapêuticas e utilizar primeiro as mais seguras, mas há casos para os quais os benefícios da sibutramina são inquestionáveis, como, por exemplo, no caso de pacientes com problemas nas articulações, com dificuldade para fazer exercícios diariamente" , exemplificou Pedersen.
     Para Ricardo Meirelles, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e professor da PUC-Rio, o uso da sibutramina é benéfico, desde que obedecidas algumas condições. " A eficácia do medicamento é real desde que o paciente apresente perda de peso e desde que o produto seja utilizado em conjunto com aconselhamento nutricional" , detalhou. Para o professor, a retirada do medicamento do mercado vai deixar os médicos com poucas alternativas terapêuticas para o tratamento da obesidade.
     O professor Francisco José Roma, da Fundação Oswaldo Cruz, manifestou-se contrariamente a este argumento e afirmou que a falta de opção terapêutica não pode ser justificativa para manutenção de tratamentos ineficazes.
     O diretor-presidente da Anvisa destacou a relevância do debate para a tomada de decisão e ressaltou a necessidade de que as entidades que defendem o uso dos anorexígenos apresentem os perfis de pacientes para os quais esses medicamentos devam ser indicados.


FONTE: Jornal Estilo

Enviado por Ione Cristina (aluna 1º período Farmácia - UFPI)

NOVIDADES: Novos medicamentos no mercado farmacêutico


Clariskin: hidroquinona 2% da Kley Laboratórios
Clareia manchas de três tipos básicos: sardas, melanose solar ou senil e melasma ou cloasma, que ocorre na face, na maioria das vezes em mulheres com mais de 25 anos, após a gravidez ou terapia hormonal. Apresentações em gel para pele normal ou oleosa, e creme para pele seca. Não deve ser usado durante a gravidez.

Allexofedrin D: antialérgico e descongestionante da EMS
Composto de cloridrato de fexofenadina (antihistamínico que não provoca sono) e de cloridrato de pseudoefedrina (descongestionante da mucosa4 nasal que alivia os sintomas da rinite alérgica). É comercializado em caixas com 10 comprimidos duplamente revestidos.

Linha Aqua Lent Multiação Plus para lentes de contato da Solótica
A Solótica lançou duas novas linhas de limpeza e conservação de lentes de contato.
A Linha Aqua Lent Multiação Plus lubrifica, desinfeta, enxágüa, conserva, remove proteínas e
limpa profundamente as lentes de contato. É indicada para todos os tipos de LC gelatinosas, inclusive as descartáveis, e vem em frascos convencionais de 120 ou 35ml, ideal para levar no bolso. Todos os produtos da linha têm em sua composição o hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) que confere conforto pela eficácia lubrificante.
Já o Aqua Lent Refrescante é uma solução umidificante e lubrificante a base de carboximetilcelulose sódica (CMC), que proporciona conforto similar à maioria das lágrimas artificiais.



Enviado por Lucas Mousinho (aluno 1º período Farmácia - UFPI) 

Pílula do Dia Seguinte pode provocar Infarto


   
     A pílula do dia seguinte foi desenvolvida para situações de emergência, como em casos de rompimento ou não uso do preservativo em uma relação ocasional, em que se queira afastar os riscos de uma gravidez indesejada.
    Porém, muitas mulheres passaram a utilizá-la como uma alternativa de contracepção, fazendo uso da mesma várias vezes por mês, absorvendo assim doses altas de hormônios.
     Se o uso de anticoncepcionais comuns, com baixas doses de hormônios, já elevam o risco de problemas cardíacos, com a pílula do dia seguinte estes riscos podem ser aumentados em consequência das altas doses hormonais, podendo ocorrer infartos e Acidentes Vascular Cerebral AVC, popularmente conhecido como “derrame.
     Entre os efeitos colaterais imediatos estão dor de cabeça e atrasos menstruais e o uso constante, também pode causar gravidez indesejada, em consequência da dificuldade da mulher não conseguir regular novamente seu ciclo menstrual, principalmente se esta faz uso do método contraceptivo baseado em tabela de verificação do período fértil..
     É importante salientar que o medicamento não é contraceptivo e pode reduzir o efeito da da pílula em prazo prolongado.
     A longo prazo as consequências são ainda mais graves, pois pode causar varizes e desenvolver cânceres de ovário e útero, além das doenças cardiovasculares.
     Outro ponto importante é a redução do efeito da pílula em prazo prolongado, pois o medicamento não se trata de um contraceptivo.
     A pílula do dia seguinte é contraindicado para quem sofre de doenças hematológicas (do sangue), renais e tromboembolia, que é a formação de coágulos sanguíneos fora do sistema cardiovascular. Pode perder o efeito se interagir com outros medicamentos, como antibióticos e vitaminas. O recomendado é pedir auxílio ao ginecologista ou consultar o farmacêutico no ato da compra.


FONTE: Blog  José Vilmore (180graus.com)

Enviado por Laynne Hellen (aluna 1º período Farmácia - UFPI)

Remédio já em uso pode ajudar a prevenir contaminações pelo HIV

Uma nova pesquisa aponta que um medicamento já usado no tratamento de pacientes com HIV pode também ajudar na prevenção da transmissão do vírus da Aids.

    O estudo, feito por pesquisadores americanos e publicado no New England Journal of Medicine, indica que o uso do medicamento Truvada ajudou a reduzir em 44% as chances de homens homossexuais com comportamento de risco serem infectados.
    O estudo foi feito com 2,5 mil homens gays e bissexuais sob alto risco de contrair o HIV no Peru, Brasil, Equador, na África do Sul, Tailândia e nos Estados Unidos.
    Metade dos homens recebeu uma dose diária do Truvada – uma droga antirretroviral – que afeta a capacidade do vírus de se replicar em células. A outra metade recebeu um placebo por dia. Todos foram encorajados a usar camisinha.
    Depois de um ano, 36 homens que tomaram Truvada foram infectados pelo vírus, em comparação com 64 infectados entre os que tomaram placebo.
    Muitos dos homens falharam em tomar o remédio diariamente. Entre os que faziam uso regular do Truvada, o risco de infecção caiu 73%.

Avanços e preocupações
    A descoberta parece ser um importante avanço no combate à Aids, mas, segundo especialistas, não deve ser vista como a forma prioritária de prevenção.
    O correspondente de temas médicos da BBC Fergus Walsh adverte também que o estudo deixa muitas questões pendentes: não há conclusões sobre eventuais reduções na infecção entre pessoas heterossexuais; o Truvada traz efeitos colaterais, como náusea; e o medicamento é caro – custa cerca de US$ 36 por dia nos Estados Unidos.
    Por fim, há preocupações quanto a se o uso constante do Truvada poderia ajudar no desenvolvimento de células resistentes à droga.

Complementar
    O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos EUA, um dos patrocinadores do estudo, afirma que ainda são necessários testes para avaliar os efeitos da droga em heterossexuais e mulheres.
    Anthony Fauci, diretor do Niaid. argumenta que as drogas devem ter um papel complementar na guerra ao HIV. O uso de camisinha e um número menor de parceiros sexuais continuam sendo a melhor forma de prevenir infecções.
    “Esperamos que se (a droga) se tornar de fato uma ferramenta útil de prevenção, então o aconselhamento (sexual) associado complementará o efeito da droga e impedirá que as pessoas sejam displicentes e pensem que ‘agora que tenho um remédio não preciso me preocupar (com o uso de camisinha)’”, alegou Fauci.


FONTE: BBC 


Enviado por LUNARA CAETANO (aluna 1ºperíodo Farmácia - UFPI)