9 de jun. de 2011

Câncer de pele e mama têm prognóstico positivo

     A medicina luta para promover o aumento de sobrevida global aos pacientes com caâncer de mama e melanoma, espécie de câncer de pele difícil de tratar, cujos tratamentos tradicionais raramente funcionam.
     Em relação ao melanoma, estudos com ganho prognóstico foram apresentados neste último final de semana em Chicago, durante o Congresso da American Societ of Clinical Oncology (ASCO). Ipilimumab e verumafenib que são drogas que atuam no sistema imunológico e foram apresentadas em estudos que avaliaram seu benefício quando combinadas ou não a quimioterapia. 
     Os dados mostraram aumento de sobrevida em algumas semanas, mas os efeitos colaterais são maiores nos grupos que usaram esta estratégia. Mais de 1/3 dos pacientes que receberam o verumafenib, por exemplo, precisaram ter a dose do medicamento reduzida em decorrência de efeitos colaterais. O fato é que alguns pacientes têm respostas excepcionais e retomam suas atividades e qualidade de vida. 
     Ainda não aprovadas no Brasil, se calcula que os custos serão elevados e restritos a poucos pacientes. 

     Outra novidade refere-se ao câncer de mama. Um medicamento antiestrogénico demonstrou  redução de 65% no risco desse tipo de câncer entre as mulheres pós-menopausa, indica um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard apresentado neste sábado, as informações são da Agência France Presse.
     Segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, a pesquisa pode significar um grande avanço para as mulheres que apresentam maior risco de desenvolver a doença, que afeta cerca de 1,3 milhão de pacientes no mundo a cada ano, causando a morte de 500 mil.
     Um estudo clínico realizado num grupo do Canadá mostrou que o risco de câncer de mama em mulheres na menopausa diminuiu em 65% quando as pacientes foram medicadas com exemestano, um fármaco oral que reduz a produção de estrogénio, hormonal que os médicos acreditam ter ligação com o aparecimento da doença.
     A entidade afirma ainda que o estudo mostrou não apenas uma considerável redução do câncer de mama como também o aparecimento de bons efeitos secundários.  
     A pesquisa sustenta que os inibidores de uma enzima chamada aromatase, como o exemestano – comercializado sob o nome de Aromasin -, são diferentes de outras drogas antiestrogénicas, como o tamoxifeno e o raloxifeno, utilizadas como terapias preventivas para mulheres com alto risco de desenvolver cancro da mama.
      Os três medicamentos são aprovados pela Food and Drgu Administration (FDA) dos EUA. No entanto, efeitos secundários graves foram registados com o uso de drogas como o tamoxifeno, incluindo um raro, porém grave, caso de câncer de útero e coágulos de sangue potencialmente fatais.
     O estudo realizado, em contrapartida, afirma que inibidores da aromatase neutralizam a produção de estrogénio “sem as graves toxicidades observadas com o tamofixeno”.    

 “Temos uma dúzia de novas drogas sendo investigadas em melanoma e, pela primeira vez, temos razões para dar aos médicos e pacientes esperança” 
(Timothy Turnham, da Melanoma Research Foundation)


FONTE: Saúde Web

Enviado por Guilherme Rodrigues (aluno 1º período Farmácia - UFPI)
Adaptação de Mirna Gois

ANOREXÍGENOS: CFF alerta para a proibição

  
     O Vice-Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, voltou a alertar, em entrevista coletiva à imprensa, para o perigo contido numa possível proibição da venda de anorexígenos, no Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manifestou a intenção de banir esses produtos do mercado, alegando que eles causam problemas de saúde, como cardiopatias. “Os inibidores de apetite sibutramina e derivados de anfetamina (anfepramona, femproporex e mazindol) são uma opção terapêutica que os médicos tem para tratar os seus pacientes que sofrem de obesidade – algumas, mórbidas -, e não apresentam respostas satisfatórias ao tratamento apenas com dieta e exercícios físicos”, observou o Dr. Walter Jorge .
     A entrevista coletiva foi convocada pelo Conselho Federal de Medicina e organizações médicas, e foi realizada na sede do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), em Brasília. O Vice-Presidente do CFF enfatizou que a prescrição de moderadores de apetite que atuam diretamente no sistema nervoso central (os anorexígenos), usados para tratar a obesidade, são, muitas vezes, a única opção médica contra a obesidade.
     “Segundo o Ministério da Saúde, 13% da população brasileira são de obesos, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas. Grande parte delas não responde bem à dieta e aos exercícios físicos. Então, fazer o que com esses pacientes? Que outra opção o médico terá para tratá-los?”, perguntou Walter Jorge. Ele disse que a Anvisa não pode desprezar essas questões, quando for decidir sobre o destino dos anorexígenos.
     Disse, ainda, que os farmacêuticos são importantes aliados da população, ao manipular inibidores do apetite, seguindo criteriosamente as prescrições médicas. “A Anvisa argumenta que os anorexígenos geram problemas de saúde. Ora, a obesidade, também, está relacionada a problemas cardiológicos, ao diabetes e a outros agravos”, frisou Walter Jorge. Ele enfatizou que os médicos especialistas saberão quando prescrevê-los.
     Para o dirigente do Conselho Federal de Farmácia, a melhor alternativa não é o banimento linear, como pretende a Agência, mas o controle da prescrição e da venda dos inibidores, por meio de uma fiscalização rigorosa. “O que não pode é o médico ficar sem esta opção terapêutica”, explica Walter Jorge João.


FONTE: CFF

Enviado por Guilherme Rodrigues (aluno 1° período Farmácia - UFPI)