Uma nova técnica pode ajudar a produzir repelentes e fornecer mais uma arma na luta contra doenças como a dengue e a malária. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade da Califórnia, Riverside, nos EUA e seus resultados foram publicados pela revista científica “Nature”.
Os mosquitos que se alimentam de sangue humano localizam suas presas – ou seja, nos encontram – pelo olfato. Eles são atraídos pelo gás carbônico (CO2) que exalamos. Sabendo disso, a equipe chefiada por Anandasankar Ray buscou desenvolver produtos químicos que afastassem os mosquitos interferindo em sua percepção sensorial.
A pesquisa teve como alvo três espécies de mosquito que transmitem doenças graves: oAedes aegypti, vetor da dengue; o Culex quinquefasciatus, que tem como doença mais grave ligada a ele no Brasil a filariose linfática; e o Anopheles gambiae, que espalha a malária, sobretudo na África.
O entomologista Ademir Martins, que é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tem experiência no combate aos vetores, faz ressalvas. “É uma alternativa, mas é uma medida paliativa. A principal medida ainda é a eliminação dos criadouros, e não o uso de repelentes”, alertou o especialista brasileiro. “Todo avanço é bem-vindo, desde que não seja prejudicial à saúde e barato”, completou.
FONTE: G1.com
Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
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