15 de abr. de 2011

Nanofábrica produz nanocápsulas para medicamentos

     Cientistas do MIT estão transformando em realidade um objetivo longamente sonhado pela nanotecnologia.
     Minsoung Rhee e seus colegas construíram uma máquina capaz de construir objetos em nanoescala com alta precisão.
     E os produtos que saem dessa nanofábrica não são objetos curiosos para demonstração de uma tecnologia futurística, são nanoesferas capazes de transportar medicamentos dentro do corpo humano.

Microfluídica e nanocarregadores
     Os pesquisadores uniram dois conceitos que já estão em uso prático para criar sua nanolinha de produção.
  De um lado, estão os chamados nanocarregadores, partículas microscópicas que transportam medicamentos diretamente para o local onde eles são necessários, evitando os danos colaterais produzidos quando o medicamento entra em contato com áreas sadias do corpo.
     Do outro lado estão os biochips, ou chips microfluídicos, verdadeiros microlaboratórios nos quais as amostras passam por análises químicas ou sofrem reações no interior de microcanais construídos dentro de uma pastilha de vidro.
     O que os cientistas fizeram foi demonstrar que os dispositivos microfluídicos podem ser transformados em fábricas para criar as nanoesferas carregadoras de medicamentos.

Nanofábrica
     Para que entrem no corpo humano sem causar danos e sem serem alvejados pelo sistema imunológico, os nanocarregadores devem ter composições e formatos muito precisos.
     O novo sistema de produção oferece um algo nível de controle sobre o tamanho e a composição das partículas, permitindo a fabricação de nanopartículas homogêneas em larga escala.
     Na linha de produção da nanofábrica, um fluxo do polímero é injetado através de um canal microfluídico que é controlado em três dimensões.
     Isso significa que o polímero não toca as paredes dos canais, permitindo a formação de nanoesferas perfeitas quando o polímero entra em contato com um fluxo de água que viaja na direção oposta.
     O sistema usa um solvente orgânico chamado acetonitrila para manter os polímeros longe das paredes e evitar a deformação e a aglomeração das nanoesferas.

Nanocarregadores
     O polímero utilizado na composição das nanoesferas é totalmente biodegradável e biocompatível, podendo transportar uma grande variedade de moléculas – os medicamentos – de forma controlada, sem dispararem o alerta do sistema imunológico.
     Além do medicamento, que normalmente vai em seu interior, as nanoesferas possuem em sua superfície moléculas que se ligam unicamente a proteínas existentes nas células a serem alvejadas – as células de um tumor, por exemplo.
     Depois de liberarem os medicamentos no lugar certo, as nanoesferas são eliminadas pelo organismo.


FONTE: BIOTEC 

Enviado por Michael Soares (aluno 1º período de Farmácia - UFPI)

Pesquisa Aponta: Vacina aplicada pelo nariz é mais eficiente contra a gripe


     Vacinas aplicadas pelo nariz podem ser mais eficientes no combate por doenças que são contraídas também por via nasal, como a gripe, a pneumonia e até mesmo eventuais ameaças de bioterrorismo. E elas podem se tornar realidade em breve, segundo uma pesquisa apresentada na Conferência de Primavera da Sociedade Geral de Microbiologia dos EUA por Dennis Metzger, professor da Faculdade de Medicina de Albany.
     Em experiências com camundongos, os cientistas introduziram por via nasal uma mistura entre a vacina normal e uma substância chamada interleucina-12, um agente imunizador natural. Eles obtiveram alto nível de proteção nos animais contra o vírus da gripe, a bactéria da pneumonia e a Yersinia pestis, uma potencial ameaça biológica. Obter essa proteção era um desafio, já que as superfícies com mucosa normalmente apresentam baixa resposta imunológica.
     Metzger afirma que as vacinas normais não são tão eficazes, uma vez que não conseguem proteger o ponto por onde os agentes da doença entram no corpo. “A vacinação intranasal contorna esse problema, criando imunidade no pulmão. Isso previne contra a infecção inicial, assim como contra outras complicações sistêmicas”, defende.
     Segundo o pesquisador, a capacidade de prevenir contra infecções pode ser especialmente útil no caso de uma ameaça bioterrorista ou de uma pandemia de alguma variação do vírus da gripe.
     Depois dos bons resultados em camundongos, o próximo passo dos testes com a vacina intranasal deve ser em seres humanos.






FONTE: G1, em São Paulo 

Enviado por Audinei de Sousa (aluno 1º período de Farmácia - UFPI)