28 de set. de 2010

Divisão de comprimido X Efeito Terapêutico


     Em reportagem apresentada por Paulo de Araujo da Folha de S.Paulo, mostrou que ao quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico pode prejudicar o tratamento.

     A prática de quebrar um comprimido pela metade pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos. Isto foi verificado através de uma pesquisa realizada por farmacêuticos do setor de manipulação na qual mostrou que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados.
     Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o remédio pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. "Em certos casos, há um limiar muito estreito entre a perda do valor terapêutico e uma agressão tóxica", disse Terezinha Pinto (diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP), que diz ver um 'risco grave', especialmente quando a quebra ocorre sem orientação médica.
     Essa matéria, conta ainda que o teste de verificação de perdas de partículas com a divisão do comprimido foi feito em dois diuréticos com os quais obteve-se resultados difereciados.
   

Fonte: Folha de São Paulo/SP  
    


Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

23 de set. de 2010

Remédios de uso controlado X Venda Ilegal

Numa operação conjunta, a Polícia Federal e a Anvisa fizeram a maior apreensão de remédios de uso controlado no País

 

     Agentes da Polícia Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizaram no Sertão nordestino a maior apreensão de remédios de uso controlado do país. Os medicamentos contrabandeados do Paraguai eram vendidos irregularmente em três cidades de Pernambuco e uma do Ceará.
     A sala na sede da Polícia Federal em Salgueiro, no sertão de Pernambuco, ficou cheia de produtos irregulares. E os agentes continuavam recolhendo medicamentos falsificados, com prazos de validade vencidos, de uso proibido no Brasil ou armazenados inadequadamente nas farmácias da região.
     Nos últimos três anos, 400 toneladas de medicamentos foram apreendidas, mais de 500 pessoas presas e cerca de 400 farmácias interditadas em todo o país. Mas isso ainda é muito pouco, em relação às irregularidades que existem no comércio de medicamentos no Brasil.





Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
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20 de set. de 2010

O farmacêutico e a ética


     Assim como para viver em sociedade importa necessariamente observar e cumprir determinadas normas de conduta individual, exercer uma profissão implica duplamente obediência as normas, pois o profissional, além do dever de observância as regras gerais aplicadas a todos os cidadãos, deve atuar conforme as orientações normativas específicas inerentes ao exercício da atividade profissional. 
     A Farmácia é uma profissão a serviço do ser humano e tem por fim a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, individual e coletiva. Consequentemente o farmacêutico atuará sempre com o maior respeito à vida humana e liberdade de consciência nas situações de conflito entre a ciência e os direitos fundamentais do homem, mantendo o princípio básico de que o homem é o sujeito através do qual se expressa a totalidade única da pessoa (Conselho Regional de Farmácia-MG, 2004).
     O cidadão tem direito ao medicamento e à sua respectiva orientação farmacêutica. Não é admissível, portanto, quaisquer condutas diversas ou dinheiros alheios ao fim específico, que é a aquisiçao do produto pelo valor justo. O repasse de valores que, ressalte-se, leva ao encarecimento dos medicamentos, é prática ilícita de remunerações, bônus ou prêmios à custa da doença alheia.
     No Programa da rede Globo "Fantástico"
no dia 18.04.10 flagrou situações em que farmacêuticos ou Proprietários de farmácias pagavam comissões a médicos. Veja a matéria:

Escândalo Médicos e Farmácias de Manipulação - PARTE 1

  

Escandalo Médicos e Farmácias de Manipulação - PARTE 2


     Diante dessa matéria verifica-se a denúncia às empresas farmacêuticas que oferecem vantagens aos médicos, sob a forma de captação de receitas, ou seja, uma relação promíscua pela chantagem e/ou suborno.
     O farmacêutico, pelo contrário, tem a obrigação de adotar todos os meios para promover a assistência farmacêutica e garantir o acesso ao medicamento da população.  

     Se o farmacêutico verificar esta prática, deverá denunciar o fato ao Conselho Regional de Farmácia ao qual estiver inscrito, cabendo a esse CRF produzir e encaminhar relatório da infração aos órgãos do âmbito de sua jurisdição, sejam Conselho Regional de Medicina e Ministério Público Federal ou Promotoria da Defesa da Saúde. 
     Portanto, cabe a esse profissional não se deixar explorar por terceiros em seu trabalho com o objetivo de lucro, finalidade política ou religiosa. Além disso, o farmacêutico deve ser solidário com as ações em defesa da dignidade profissional e empenhar-se para melhorar as condições de saúde e os padrões dos serviços farmacêuticos, assumindo sua parcela de responsabilidade em relação à assistência farmacêutica, à educação sanitária e a legislação referente à saúde.





Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
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13 de set. de 2010

Pele Artificial e Nanotecnologia

    Diante do avanço da nanotecnologia na ciência, cientistas a usa para a criação de uma pele artificial com sensibilidade ao toque. Esta nova tecnologia sob estruturas minuscúlas só tendem a revolucionar a área, além de trazer consigo os prós e os contra à sua aplicação. Confira alguns trechos sobre essa tecnologia retratada na Revista Veja:

     Utilizando técnicas avançadas de nanotecnologia — a ciência das coisas que são milhares de vezes menores que um milímetro — os pesquisadores americanos desenvolveram uma pele artificial dotada de tato que poderá servir, a longo prazo, como solução para dar sensibilidade às proteses artificiais em implantes humanos. "A ideia é ter um material que funcione como a pele humana, incorporando o tato aos objetos", disse o engenheiro Ali Javey, chefe da equipe que está desenvolvendo a pele artificial.
 
Concepção artística de uma mão robótica  
      O feito foi apelidado de "e-skin" pelos cientistas de Berkley e poderá ajudar a resolver um grande problema na robótica — adaptar a quantidade de força necessária para segurar e manipular vários objetos. "Os humanos sabem quanta força é necessária para segurar um ovo sem quebrá-lo", disse Javey. "Se quisermos que um robô faça tarefas de casa, por exemplo, temos que ter certeza que ele não vai quebrar as taças de vinho no processo. Mas também queremos que o robô seja capaz de segurar uma panela sem deixá-la cair".
 
     Os cientistas esperam que a invenção possa ajudar a restaurar a sensibilidade em pacientes com membros biônicos. 

Clique aqui para a Matéria na Íntegra

Fonte: Revista Veja (13/09/2010)




Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
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7 de set. de 2010

Nova Geração de Antibióticos pode vir do Cérebro das baratas

Moléculas encontradas no tecido nervoso de baratas e gafanhotos são extremamente tóxicas para as bactérias

Periplaneta americana, nome científico da barata doméstica (stock.xchng) 
 
    Baratas são sujas e nojentas. E justamente por isso elas podem se tornar matéria-prima de antibióticos bem mais potentes que os atuais. Pesquisadores da Escola de Medicina Veterinária e Ciência da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram que no cérebro de baratas e gafanhotos existem substâncias com propriedades extremamente antibióticas. Tecidos do cérebro e do sistema nervoso dos insetos foram capazes de matar 90% da forma patogênica da bactéria Escherichia coli e da MRSA, uma forma multi-resistente da bactéria Staphylococcus aureus, sem atingir as células humanas. 
     Segundo Simon Lee, autor do estudo, nove moléculas encontradas nos tecidos dos insetos são tóxicas para as bactérias. “Esperamos que essas moléculas possam levar ao desenvolvimento de tratamentos contra a E. coli e a MRSA, que estão cada vez mais resistentes às drogas atuais”, diz. A E. Coli, por exemplo, é responsável pela maioria das intoxicações alimentares e a MRSA causa infecções resistentes mesmo aos mais poderosos antibióticos. “Esses novos antibióticos podem também ser uma boa alternativa às drogas que hoje são efetivas, mas possuem sérios efeitos colaterais.”
     As propriedades antibióticas dos tecidos das baratas devem-se provavelmente aos milhões de anos de convívio com comida podre e – mais recentemente – a todo tipo de lixo produzido pelos humanos. “Insetos vivem em ambientes sem higiene e em péssimas condições sanitárias onde encontram diferentes tipos de bactérias. É lógico supor que encontrariam algum modo de proteger-se contra os micro-organismos”, afirma Lee.

 


Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
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