31 de ago. de 2010

Os Animais na Pesquisa Científica



    A utilização de animais em pesquisa científica é um tema bem debatido e questionado, tendo duas vertentes: uma defendida por cientistas, pois se trata da evolução da ciência e de benefício humano, e uma outra defendida pela sociedade de proteção dos animais, que afirmam que métodos alternativos são capazes de substituir a utilização desses animais em pesquisa, prática que consideram obsoleta.
    Em 2008, depois de 15 anos tramitando no Congresso Nacional, foi aprovada a Lei Arouca, que permite a utilização de animais em pesquisas científicas desde que eles sejam poupados ao máximo de sofrimento. 
    Entre os dias 26 e 28 de agosto em Águas de Lindóia, São Paulo, aconteceu a 25ª FeSBE, que terminou com uma mensagem clara de que o Brasil precisa mudar sua atitude com relação ao tratamento a esses animais.
   Em entrevista concedida a VEJA.com, Marcelo Morales, presidente da Federação Latino Americana de Sociedades de Biofísica e presidente da comissão de ética com animais da UFRJ, falou sobre o uso de animais em pesquisas científicas.

Veja.com: Como está a situação do Brasil na questão da utilização de animais em pesquisas científicas, em comparação com outros países?
M.M:   É difícil dizer. Não sabemos quantos biotérios [local onde os animais são acondicionados] existem, quantas instituições fazem pesquisas com animais, quantas comissões de ética existem, e assim por diante. Estamos buscando o que já existe em países desenvolvidos, ou seja, uma fotografia de tudo que está sendo feito com esses animais. [...]

Veja.com: Por que é tão importante utilizar animais em pesquisas científicas?
M.M: A pesquisa científica na área da saúde depende, em grande parte, desses animais. Eu diria com grande certeza que é quase impossível a pesquisa científica na área da saúde acontecer sem a utilização deles. E será quase impossível não utilizarmos animais no futuro. É claro que temos que lutar por métodos alternativos, mas será muito difícil deixar de usar animais. O que podemos fazer é, sempre que possível, reduzir o número de animais e sempre nos preocuparmos com o bem-estar deles. [...] 

Veja.com: Qual é a decisão que o pesquisador toma, o que passa na cabeça dele quando ele está sacrificando algum animal? Como isso afeta o trabalho dele?
M.M: É como se eu estivesse fazendo uma cirurgia em uma pessoa. Tenho que verificar todos os parâmetros para que o animal não sofra. Se eu tiver que, ao final da experiência, sacrificar o animal, que o sacrifício desse animal seja humanitário e que ele não sofra também. Além disso a dor no animal ou qualquer tipo de stress pode causar uma série de modificações fisiológicas que interferem nos resultados da pesquisa. Primeiro, o respeito aos animais, como respeitamos os seres humanos, depois, o comprometimento com a pesquisa.

Veja.com: Como vocês tem certeza de que eles não sofrem?
M.M: Por que existem vários parâmetros para nos certificarmos disso. Sabemos pelos mesmos motivos que sabemos que os seres humanos não sofrem. Ou seja, por meio das doses de anestesia e, depois da cirurgia, com analgésicos. Fazemos testes antes de realizar qualquer procedimento, certificamos de que ele está desacordado e não está sentindo dor [...] 

Veja.com: E qual é a mensagem que a FeSBE deixa com relação à experimentação animal?
M.M: Agora, o Brasil muda a partir de uma lei. Toda pesquisa animal estará sujeita a lei e será respeitada. A ética existia, mas hoje ela é lei. O Estado brasileiro é responsável pelos animais utilizados em pesquisa científica. Portanto, nós, pesquisadores, temos que zelar pelo bem estar deles.
Matéria Completa Veja.com Clique Aqui

 
 O importante é desenvolver a ciência, mas não através de crueldade e maus tratos dos animais!



Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

29 de ago. de 2010

UE investiga possível relação entre vacina anti-H1N1 e narcolepsia

DA FRANCE PRESSE 

    A EMEA (Agência Europeia de Medicamentos) anunciou nesta sexta-feira que está investigando uma possível conexão entre uma das vacinas desenvolvidas contra a gripe H1N1 e vários casos de narcolepsia, detectados na Finlândia e na Suécia.
     Em um comunicado, a EMEA informa ter lançado uma investigação sobre o Pademrix, produzido pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline, a pedido da Comissão Europeia, depois que "um número limitado de casos" de narcolepsia, trastorno do sono de origem neurológica, foram registrados, principalmente nos dois países mencionados.
     Segundo a agência, "pelo menos 30,8 milhões de europeus" foram vacinados com Pandemrix durante a pandemia.
     As autoridades sanitárias finlandesas recomendaram nesta mesma semana a suspensão do uso de Pandemrix até que a investigação chegue a uma conclusão sobre o aumento dos casos de narcolepsia registrados este ano entre crianças que foram imunizadas.
     A Suécia também está investigando a possível relação entre o Pandemrix e a narcolepsia, uma doença pouco frequente cuja causa exata é desconhecida e é caracterizada por sonolência incontrolável.


 FONTE:  Folha.com (27/08/2010)



Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

27 de ago. de 2010

Cientistas Revelam Segredos do Antidepressivo "Mágico"

Pesquisadores descobriram como a cetamina, uma substância analgésica, consegue ser muito mais eficiente que antidepressivos convencionais

 

A parte de baixo da figura mostra a regeneração de conexões sinápticas nos animais que receberam cetamina comparado com os que não receberam, acima. (Universidade de Yale)

Pesquisadores descobriram um novo antidepressivo que pode surtir efeito em horas, ao invés de semanas ou meses quando comparado com a maioria dos remédios disponíveis atualmente no mercado. Os resultados serão publicados nesta sexta-feira na revista Science e devem acelerar o desenvolvimento de um antidepressivo seguro e fácil de administrar chamado cetamina. Cientistas já conseguiram provar que a substância é extremamente eficiente em pacientes severamente deprimidos.
Em ratos, a cetamina ajuda a eliminar comportamentos associados à depressão e restabelece as conexões de células do cérebro lesionadas por stress crônico. "É uma remédio mágico — uma dose pode surtir efeito rapidamente e durar entre sete e 10 dias", disse Ronald Duman, médico da Universidade de Yale (EUA), autor sênior do estudo.
A cetamina é tradicionalmente usada como anestésico para crianças, mas há 10 anos pesquisadores americanos descobriram que, em pequenas doses, a droga parecia proporcionar alívio para pacientes de quadro depressivo. Nesses estudo iniciais, quase 70% dos pacientes que eram resistentes a qualquer tipo de tratamento antidepressivo mostraram melhora horas depois de receberem doses de cetamina. Porém, o uso clínico era limitado porque a droga tinha que ser injetada sob supervisão médica e em alguns casos causava sintomas psicóticos de curta duração.
Novos remédios — Os pesquisadores de Yale mapearam a ação molecular da substância no cérebro de ratos na tentativa de tentar desenvolver formas mais seguras e fáceis de administrar a droga. A equipe conseguiu traçar o caminho de atuação da droga e descobriu que a cetamina ajuda a formar novas conexões neurais rapidamente, um processo chamado sinaptogenesis. Dominando o mecanismo de atuação da cetamina, acreditam os médicos, será possível desenvolver drogas que atacam os mesmos problemas de várias maneiras diferentes.
A equipe identificou um ponto crítico no mecanismo de atuação, a enzima mTOR, que controla a produção da proteína responsável pelas novas conexões no cérebro.
Os cientistas disseram que 40% das pessoas que desenvolvem depressão não respondem à medicação. Muitas outras só respondem depois de muitos meses ou anos tentando diferentes tratamentos. A cetamina se mostrou eficiente também como uma forma de tratar rapidamente pessoas com tendências suicidas, resultado atingido apenas semanas depois de iniciados os tratamentos com antidepressivos convencionais.

FONTE: Revista Veja (19/08/2010)

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

25 de ago. de 2010

O Papel do Farmacêutico

Não há dúvidas na importância e papel do farmacêutico na área de saúde. Revirando a internet, encontrei uma composição feita por Monteiro Lobato em relação ao papel desse profisional para com a sociedade. 

O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. 
O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. 
É o atento guardião do arsenal de armas com que o Médico dá combate às doenças. 
É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. 
O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: servir.
Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça.

O Farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Porque por maiores que sejam a vaidade e o orgulho dos homens, a doença os abate - e é então que o Farmacêutico os vê. 
O orgulho humano pode enganar todas as criaturas: não engana ao Farmacêutico. 
O Farmacêutico sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar um receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhuma entre o fígado de um Rothschild e o do pobre negro da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene. 

Monteiro Lobato


Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

23 de ago. de 2010

Cientistas desenvolvem Remédio mais eficaz contra a Malária

A nova droga, criada por uma equipe de cientistas da Universidade de Liverpool, está em fase final de testes

A malária é transmitida pela picada do mosquito Aedes (Thinkstock)

     O tratamento contra a malária, doença que mata cerca de um milhão de pessoas ao ano, está prestes a ganhar um novo aliado mais eficiente e barato. A artemisinina, uma erva chinesa usada para tratar pacientes com a doença, é a base de um remédio artificial desenvolvido por cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra. Além de ser mais barata do que as já existentes no mercado, a nova droga promete ser também mais potente e quimicamente estável.

      “A malária atinge os países mais pobres do mundo, incapazes de custear tratamentos caros. O problema com as drogas usadas hoje é que elas têm uma absorção oral baixa e o preço muito elevado”, explica Paul O´Neill, do Departamento de Química da Universidade de Liverpool. Segundo o cientista, a medicação criada pela equipe britânica é feita a base de componentes orgânicos e terá um custo bem menor quando produzida em larga escala.
      A artemisinina é conhecida por sua interação com as células vermelhas infectadas pelo parasita. O processo, que causa uma reação em cadeia capaz de destruir a malária, perde eficácia por ser quimicamente instável. No novo tratamento oral, no entanto, a parte mais reativa da artemisinina é criada sinteticamente e fundida a moléculas orgânicas que deixam o remédio mais estável. Assim, a droga tem uma duração mais longa, reduzindo as chances do parasita reaparecer, e acaba sendo mais segura e potente.

 

 FONTE: Revista Veja (16/08/2010)
 

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

21 de ago. de 2010

HINO FARMACÊUTICO

Autor: Islou Silva
CRF-DF 1.123



 A cura do homem no passado
Que por meio de unguentos se dava
Foi pelo eterno Hipócrates
do tempo dos deuses tirada

Da inesgotável fonte de Deus
O homem de remédios se proveu
Dos fartos recursos naturais
Com sabedoria se serviu

Oh, que herança inaudita
Farmácia, ciência milenar
De Galeno as antigas boticas
 Vieram a dor do homem minorar
Ergo os meus olhos bem alto
E contemplo a missão do saber
Que melhora a vida do homem
E com prazer o ajuda a viver

Da grande missão da ciência
Serei sempre um forte aliado
Em busca de conhecimento
Com a ética sempre ao meu lado

Carrego pra sempre em meus ombros
A intrépida vontade de vencer
E cultuo no meu coração
O afã da cura nos trazer


Olá futuros, recentes e admiradores da Farmácia, encontrei esse hino de composição de um colega de profissão. Espero que gostem e que adquiram o espírito de suas profissões.

OBS: Caso você componha algo relacionado à Farmácia é só nos enviar através do endereço do blog que está logo abaixo, quem sabe a próxima composição a aprecer aqui seja a sua! 



Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

18 de ago. de 2010

Pós em Inovação Terapêutica tem quarta Defesa de Dissertação

     O Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica (PPGIT) da UFPE realizou, na última sexta-feira (13), a defesa de sua quarta dissertação. Trata-se da pesquisa “Desenvolvimento de Dispersões Sólidas Binárias Visando o Incremento da Solubilidade Aquosa do Antirretroviral Efavirenz”, desenvolvida pela mestranda Lariza Darlene Santos Alves, sob orientação do professor Pedro José Rolim Neto.
     A dissertação contribui para o fortalecimento do programa de combate a DST/AIDS no Brasil, visto que possibilitou um melhor entendimento do processo de solubilização do efavirenz e uma maior potência de suas características físico-químicas. O efavirenz é um dos fármacos de primeira escolha no tratamento de terapia antirretroviral para a AIDS.
     Apesar de sua eficácia, contudo, a substância apresenta baixa solubilidade aquosa, o que leva a problemas de absorção no trato gastrointestinal e biodisponibilidade inadequada para sua ação terapêutica. Essa defasagem na solubilidade pode ser revertida através da técnica de dispersões sólidas (DS), promissora pela sua vasta aplicabilidade, praticidade e baixo custo.
    A pesquisa desenvolveu diferentes técnicas de obtenção de dispersões sólidas. Por meio delas, pôde descobrir a maneira mais eficaz de utilização do efavirenz, incrementando sua solubilidade e diminuindo os efeitos colaterais de seu uso. Assim, é possível aumentar a qualidade do fármaco em relação aos medicamentos atualmente disponibilizados no mercado farmacêutico.
    A defesa contou com a participação dos professores José Lamartine, da Universidade Federal do Piauí, como membro externo, e Maria do Carmo Alves de Lima, do PPGIT, na banca examinadora. Completava o trio de examinadores o próprio Pedro Rolim, que orientou a pesquisa.
 
Mais informações
(81) 2126.8947
ppgit@ufpe.br



Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

11 de ago. de 2010

FOCO EM SAÚDE PÚBLICA

Farmácias começam a enxergar sua importância como agentes para a saúde da população e investem em campanhas que, além de serem essenciais para a sociedade, ainda trazem retorno em imagem e fidelização dos clientes.

Por Kathlen Ramos

    Se as mudanças impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são realmente boas e viáveis para o setor farmacêutico, isso ainda é muito discutível. Mas os questionamentos que a entidade trouxe sobre o verdadeiro papel das farmácias na sociedade geraram muitas reflexões. A proibição da venda de produtos e serviços que não estão ligados à saúde (por meio da RDC 44) é uma delas. Mais do que proibir a venda de diversas linhas de produtos dentro desses estabelecimentos, essa RDC trouxe à tona a discussão sobre o verdadeiro papel das farmácias, que deveriam ser instituições voltadas única e exclusivamente à promoção da saúde.
   
    Antes mesmo dessa resolução, muitos estabelecimentos começam a agir como agentes de saúde, realizando campanhas de prevenção a doenças, por exemplo. Ações importantes e que trazem ganhos positivos para a própria imagem das farmácias, que passam a ser vistas com mais respeito pelos consumidores. "Além da fidelização, elas contribuem para o marketing institucional e a propaganda boca a boca da empresa junto ao grande público. Marketing este que nenhum dinheiro ou campanha é capaz de bater. É gente falando positivamente com gente", salienta a palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo, Silvia Osso.
    
    Portanto, campanhas assim se tornam um grande diferencial competitivo. "São uma tendência de mercado, primeiro porque a farmácia deve estar engajada na promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida da comunidade onde está localizada. Depois, do ponto de vista de marketing, porque esta é uma ótima oportunidade de fortalecer a sua marca e mostrar sua preocupação com a responsabilidade social", explica o coordenador do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi, Geraldo Alécio, reforçando que, a partir de atitudes como essas, os lucros são uma consequência natural.


    O novo contexto em que o curso de farmácia se encontra é bem desafiador. Diante da matéria mencionada acima pode vir então a pergunta: Qual o Papel do Farmacêutico no NOVO contexto da saúde?
Em relação a esta pergunta, vale a pena conferir essa entrevista com o farmacêutico Amílson Álvares em 21/01/09 (na época também Vice presidente do Conselho Federal de Farmácia).  

 

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

8 de ago. de 2010

Laboratórios desenvolvem novos remédios contra colesterol e hepatite C

The New York Times

(Getty Images)


    Novos medicamentos contra hepatite C e para o controle de colesterol estão no último estágio de testes clínicos e podem chegar às farmácias em breve. Contudo, analistas avaliam que os efeitos colaterais dos remédios podem reduzir as vendas.
    Segundo o laboratório Merck, a droga boceprevir, quando aliada às terapias atuais, curou efetivamente dois terços dos pacientes com hepatite C - índice muito melhor do que o observado com terapias já existentes. A Isis Pharmaeceuticals e a Genzyme afirmaram que o remédio mipomersen diminuiu significativamente o LDL, o chamado colesterol ruim, mesmo tomando as doses máximas toleráveis de estatinas.
    A Merck está numa disputa com a Vertex Pharmaceuticals para levar ao mercado a primeira de uma nova classe de drogas contra a hepatite C cuja expectativa é reduzir o tempo e aumentar a eficácia do tratamento - que, atualmente, dura cerca de um ano, com o uso de alfa-interferon e ribavirin, causa severos efeitos colaterais e consegue eliminar o vírus apenas em metade dos casos. O laboratório realizou um teste com 1.907 pacientes que estavam recebendo tratamento para hepatite pela primeira vez, e 66% dos que se submeteram a um regime de 48 semanas que incluiu o boceprevir tiveram uma resposta imunológica sustentada, em comparação com 38% para os que utilizaram a terapia atual e placebos.
   Em outra experiência, que envolveu 400 pacientes que já haviam recebido tratamento, 66% dos que receberam o boceprevir por 48 semanas foram efetivamente curados - o triplo da taxa de controle, de 21%. “Este é um perfil atraente para o boceprevir”, salientou Peter Kim, presidente da Merck. Ele afirmou que o laboratório enviará o remédio para aprovação da Food and Drug Administration (o órgão americano de controle de remédios e alimentos) até o final do ano.

Colesterol - A Isis e a Genzyme afirmaram que também buscarão aprovação para seu medicamento contra o colesterol na primeira metade de 2011. Em um teste, pacientes que receberam o mipomersen tiveram em média redução de 36% no LDL depois de 26 semanas - contra um aumento de 13% no grupo que tomou placebo. Em outro estudo, a droga reduziu o LDL em 37%.
     Entretanto, mais de 20% dos pacientes nos dois testes abandonaram a pesquisa por causa dos efeitos colaterais. A maior preocupação é que a droga possa causar danos ao fígado. “A eficácia parece boa, mas a segurança permanece um risco chave”, escreveu o analista Geoffrey Meacham, do JP Morgan, em nota aos clientes.

FONTE: Revista Veja (05/08/2010 - 11:04)


Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
Blog Farmácia em Foco