3 de jul. de 2011

ENTREVISTAS COM FARMACÊUTICOS - 4


Entrevista com Dr. Kayo Alves Figueiredo (Egresso da UFPI e Farmacêutico Hospitalar na área de Oncologia do Hospital São Marcos e Farmacêutico da FMS)
por: Thalyta Batista e Joselma Sousa


TJ: Por que você escolheu Farmácia?
KA: Na verdade escolhi farmácia por ‘filtração’. Sempre tive aptidão pelas áreas biológicas e sempre fui apaixonado por química, acabei escolhendo farmácia e quando adentrei no curso percebi a vasta lista de especializações que eu poderia ter isso foi fazendo com que eu me apaixonasse cada vez mais pelo curso.

TJ:  Em que áreas o farmacêutico pode atuar?
KA: O farmacêutico pode ser analista clínico (trabalhar em laboratórios de análises) industrial (trabalhar em indústria de medicamentos ou cosméticos), hospitalar, trabalhar em farmácias de dispensação, manipulação e homeopatia, além de poder trabalhar em indústrias de alimentos.

TJ: Assim que você saiu da universidade (cerca de 8 meses) pra entrar no mercado de trabalho, quais as maiores dificuldades que você enfrentou?
KA: Assim que você sai da universidade é um “baque”. É uma realidade totalmente diferente dos estágios, que é quando você ainda tá aprendendo aí no momento em que você entra como profissional mesmo as cobranças são dez vezes maior. Você tem toda a responsabilidade como funcionário podendo até responder criminalmente por alguns atos seus. Em relação a emprego eu não tive muita dificuldade digamos assim, porque ainda durante o curso eu tinha feito concursos e assim que me formei assumi o cargo de Farmacêutico da Fundação Municipal de Saúde e fui contratado pelo Hospital São Marcos para trabalhar como Farmacêutico Hospitalar, numa parte geral e hoje estou no setor de Oncologia.

TJ: Você ‘escolheu' estar nessa área desde o começo ou visava outra coisa?
KA: Gosto especialmente dessa área e me vejo crescendo bastante nela. É uma área bem interessante e de grande importância, com poucos profissionais da área farmacêutica no estado. Trabalho na parte da manipulação do medicamento em si. É uma área um pouco difícil de atuar, porque o medicamento quimioterápico tem sua especificidade, cada um tem características diferentes: é a relação paciente-medicamento. O que sinto mais falta é que meu contato com o paciente é indireto, mas só de contribuir com a melhoria da vida das pessoas com câncer já é gratificante.

TJ: Como é o seu trabalho na FMS?
KA: É um trabalho mais burocrático. Trabalho com gestão e assistência farmacêutica, e distribuição de medicamentos. É um trabalho mais de supervisão. Bem diferente daqui do Hospital.

TJ: Quanto a área financeira, o que você acha da remuneração da nossa classe?
KA: Em vista do enorme trabalho e da enorme responsabilidade que o farmacêutico tem a nossa remuneração é baixa comparada a da classe médica, mas pela vastidão de áreas que você pode trabalhar e se tiver disponibilidade e competência de se firmar em mais de um emprego, de certa forma você é bem recompensado, dependendo do local claro, mas principalmente na área hospitalar.


O blog Farmácia em Foco agradece a participação e a gentileza do Dr. Kayo Alves em atender nossos alunos

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