28 de ago. de 2011

Desconfiança de médicos com os genéricos

     Pesquisa revela que 46% dos médicos ainda têm dúvidas sobre a eficácia e a segurança dos genéricos. Entre os consumidores, porém, o cenário é bem mais favorável: 83% disseram confiar nesse tipo de droga.

     
     Especialistas atribuem o receio à desinformação. O medo da falsificação mostra o desconhecimento, afirma Cadri Awad, do Conselho Federal de Farmácia. Os produtos mais sujeitos à falsificação são os de maior valor agregado e maior apelo, como emagrecedores, anabolizantes e produtos de estética.
     Para Regina Parizi, da Faculdade de Saúde Pública da USP, é fundamental que entidades médica e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizem campanhas para melhorar a imagem dos genéricos. A indústria de medicamentos de marca tem um marketing agressivo e normalmente tem sucesso ao tentar criar uma relação de desconfiança com o genérico.


FONTE: uol.com

EDSON COELHO (2º P - Farmácia - UFPI)

25 de ago. de 2011

BOTOX: tratamento da incontinência urinária?

     É isso mesmo!!! EUA autorizam o tratamento de incontinência urinária com Botox. Como é o procedimento? É realmente eficiente e comprovado? Bom vamos mostrar agora segundo relato da Agence France-Presse no G1.com.
     O novo método permite aos médicos injetar o Botox na bexiga de um paciente, onde a substância age relaxando os músculos, permitindo assim que mais urina seja armazenada. Estudos clínicos demonstraram que estas injeções podem diminuir os episódios de incontinência urinária por um período de nove meses.
     O Botox, comercializado pela empresa americana Allergan, com sede na Califórnia, também foi aprovado para o tratamento da enxaqueca crônica, da hiperidrose axilar (sudorese excessiva nas axilas), de espasmos da pálpebra e certos tipos de ridigez muscular, acrescentou a FDA.
     "A incontinência urinária associada a transtornos neurológicos pode ser difícil de administrar", disse George Benson, diretor-adjunto da divisão de produtos urológicos e reprodutivos da FDA. "O Botox oferece outra opção de tratamento para estes pacientes", explicou.
     A nova aplicação do Botox recebeu o aval da agência reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), para ser administrada a pessoas com esclerose múltipla ou lesão medular que sofram de incontinência urinária e precisam se tratar com medicação ou cateter.


FONTE: G1.com/Ciências e Saúde

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

15 de ago. de 2011

HIV na luta contra o Câncer

     Uma versão inerte do vírus da Aids foi usada com sucesso por cientistas norte-americanos para modificar geneticamente células de defesa do organismo e tratar pacientes com leucemia. O procedimento foi descrito nesta semana pelas revistas médicas New England Journal of Medicine e Science Translational Medicine.
    
     O tratamento consiste em retirar os linfócitos T – importantes agentes de defesa do corpo – e transferir novos genes para elas. A mudança as torna capazes de destruir as células cancerosas que causam a leucemia e, assim, fazem com que o tratamento tenha sucesso.
     A transferência de genes para a célula é feita normalmente por um vírus, e é nessa fase que o HIV é usado; foi com ele que os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram modificar geneticamente as células de defesa.
     A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfoide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.
     Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfoide aguda. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.

FONTE: G1.com/Ciências e Saúde

Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com

10 de ago. de 2011

Prevenção do envelhecimento: Uso de Protetor solar e beber muita água

     A pele é o maior órgão do corpo humano, com dois metros quadrados. E, se bem tratada, pode ter uma aparência mais bonita, jovem e saudável.
     
     Pesquisadores afirmam que uma boa maneira de se prevenir o envelhecimento é através da ingestão diária de cinco unidades de fruta (uma maçã, uma banana e uma fatia de melancia são uma unidade cada). Outras atitudes, como fazer atividade física, beber bastante água, usar hidratantes e proteger-se do sol, podem fazer toda a diferença.
     Se você ficar sob o sol por mais de 10 minutos, use protetor nas partes que ficarão expostas. Opte por um fator 30, que deve ser reaplicado a cada 4 horas ou 2 horas se suar muito ou entrar na água.
     É muito importante também passar protetor nas crianças. Cerca de 80% dos problemas de pele em adultos são decorrentes de eles terem tomado sol demais antes dos 18 anos.
     Boa parte do envelhecimento é provocada pelos radicais livres. É como se fosse uma sujeira que fica dentro do corpo. E quem faz a faxina são os antioxidantes.
     Bebida alcoólica em excesso, além do cigarro, é extremamente nociva para a saúde e o visual. Além disso, quem usa muita maquiagem deve tirá-la sempre à noite.
      Portanto, tomando os devidos cuidados desde o início da vida contra os agentes envelhecedores, poderão proporcionar um retardamento ou mesmo prevenção do envelhecimento.


FONTE: Globo.com/CiênciaseSaúde

Mirna Gois 
Mestranda em Ciências Farmacêuticas 
bloginfarmacia@gmail.com

5 de ago. de 2011

ENTREVISTAS COM FARMACÊUTICOS - 6

     Caros leitores desculpe-nos pela demora em atualizar nosso blog. Mas prometemos atualizações mais frequentes. Vamos a mais uma entrevista... 
     Hoje trata-se de uma pessoa e profissional com quem convivemos diariamente, além de ser fruto da UFPI, atualmente mestranda nesta IES.  

Entrevista com  Mayara Ladeira Coêlho (Farmacêutica pela UFPI, Gerente de Manipulação, Bacharel em Direito –UESPI e Mestranda em Ciências Farmacêuticas – UFPI.)
por: Audinei de Sousa e Lunara Caetano


AL: Como você decidiu que essa seria sua especialidade, sua profissão?
ML: Minha família possui uma drogaria em Presidente Dutra – MA, cresci dentro de uma farmácia. Em 2003, estudava o 3º ano do Ensino Médio, participei de uma Jornada de orientação vocacional, quando tive a honra de assistir uma palestra da Dra. Virginia Regina Fortes Castelo Branco (in memorian), que depois se dispôs a promover uma visita técnica em sua Farmácia de Manipulação. Neste dia decidi que seria farmacêutica.

AL: Se você fizesse uma radiografia do setor magistral, ela revelaria o que de mais importante?
ML: Em primeiro lugar, o acesso ao medicamento, com preços menos onerosos ao consumidor, que pode encontrar tratamento medicamentoso a custo racional. Em segundo lugar a individualização das fórmulas elaboradas, com apresentações, dosagens e associações especiais à necessidade do paciente obedecendo aos padrões de qualidade estipulados pelas regulamentações oficiais. É bom ressaltar que as apresentações adequadas eliminam o desperdício, pois o paciente comprar apenas o necessário para seu tratamento. Segundo a Anfarmag, o setor magistral no Brasil conta com mais de 7000 estabelecimentos hoje, o que corresponde a mais de 8% do mercado de medicamentos no Brasil, de onde percebe-se a importância no setor na economia, gerando emprego, renda, além de assistência farmacêutica à população, pois estima-se que em cada estabelecimento magistral, no mínimo, 3 farmacêuticos estejam envolvidos, seja na manipulação de fórmulas ou na prestação de outros serviços farmacêuticos. Então o setor que já se configura estabelecido e forte, caminha para o oferecimento de um serviço cada vez mais especializado e individualizado.

AL: Qual o papel do farmacêutico na promoção da conscientização dos problemas de saúde pública?
ML: Os últimos anos trouxeram grandes conquistas para a profissão farmacêutica. Em todo o mundo perceberam-se de forma frequente problemas relacionados a medicamentos e muitas vezes resultando com óbitos. Deste modo, houve preocupação em elaborar políticas de medicamentos com o foco no uso racional dos mesmos. Surgiu a partir daí a incrementação do termo medicamentos essenciais em 1977. Esse foi sem dúvida o primeiro passo para o reposicionamento do farmacêutico no que se refere ao seu papel diante do medicamento no contexto da saúde pública. No nosso país podemos destacar as ações dos conselhos de farmácia e as diligências da vigilância sanitária que passaram a exigir a obrigatoriedade da presença do farmacêutico nos estabelecimentos farmacêuticos a nível privado. Já no âmbito do SUS, podemos destacar que o farmacêutico vem obtendo cada vez mais destaque e o seu lugar também junto às equipes multidisciplinares da saúde. A profissão farmacêutica aceitou a Atenção Farmacêutica como sua missão de futuro. Este exercício profissional objetiva assegurar um tratamento farmacológico apropriado, efetivo, seguro, e cômodo aos pacientes satisfazendo suas necessidades em relação aos medicamentos, a promoção do uso racional de medicamentos, a redução dos custos com a saúde e a melhoria contínua da qualidade de vida da população.

AL: O que você pensa a respeito da ausência dos medicamentos manipulados e dos serviços farmacêuticos magistrais no SUS?
ML: É impossível pensar na inserção de produtos de manipulados no SUS, sem uma política de assistência farmacêutica adequada, haja vista a individualidade e personalização de cada fórmula, o que ainda é um panorama distante para nosso Estado.

AL: Se os medicamentos só chegam ao consumidor após rigorosas avaliações sobre sua eficácia e segurança, a que você atribui o fato de ainda hoje medicamentos terem a venda proibida depois de já estarem no mercado?
ML: O mundo farmacêutico está em constante processo de melhoria e aprimoramento. Sustenta-se com pesquisa, inovações e tecnologias diferenciadas. Então, apesar da complexidade da questão, é simples percebermos que novas tecnologias, mais modernas e sensíveis, além de novas técnicas diagnósticos, podem perceber novos problemas relacionados a medicamentos, bem como novas doenças que surgem com o transcorrer dos anos. Por isso é tão importante e essencial o trabalho da Farmacovigilância na identificação dos problemas a que estamos passíveis.

AL: Os farmacêuticos magistrais deram uma contribuição decisiva para o resgate da assistência farmacêutica, nas farmácias, com foco na atenção farmacêutica. Vale ressaltar que cada estabelecimento com manipulação mantém em atividade, em média, três farmacêuticos, simultaneamente. A senhora pode falar sobre esse aspecto: o da atenção farmacêutica prestada nas farmácias magistrais?
ML: Entendo que a farmácia magistral retomou a assistência farmacêutica no Brasil, pelo simples fato de que o farmacêutico magistral encontra-se realmente no estabelecimento, o paciente já sabe, portanto, que vai encontrá-lo. Além disso, o software que utilizamos nos permite cadastrar o paciente, acompanhar seu histórico de consumo, o que nos permite acompanhar de forma personalizada o paciente, tirando suas dúvidas e orientado-o quanto ao uso racional de medicamentos, posologias e etc.

AL: Segundo o site g1.globo.br, no Brasil existem mais de 104 mil farmacêuticos e mesmo assim o mercado continua em alta. O que explica isso, e o que você pensa a respeito?
ML: Considero que o mercado está em alta para mão de obra especializada, com o farmacêutico não é diferente, é necessário renovar-se, especializar-se. O estudo é a inesgotável fonte de mercado.

AL: Você considera a auto-medicação um ato já cultural no Brasil?
ML: Devido a falhas no assistencialismo à saúde a auto-medicação tornou-se um mal necessário para a população que não tinha acesso ao profissional prescritor. Com a implantação das equipes multidisciplinares de saúde da família, os profissionais se aproximaram dos pacientes de certa forma. Além do aumento das exigências legais quanto a dispensação de medicamentos mediante prescrição, como a Portaria 344/98 e a RDC 44/10. Esse quadro vem modificando o comportamento tanto dos profissionais quanto dos pacientes, o que contribui para a melhora desse panorama. 

AL: Quais as orientações o farmacêutico deve dá quando atende a um paciente, ou seja, quando faz a dispensação de medicamentos?
ML: Através da atenção farmacêutica, é possível realizar um trabalho de educação em  saúde, de orientação ao uso correto dos medicamentos, seus efeitos adversos, as suas possíveis interação medicamentosas e alimentares e demais informações necessárias, para que o tratamento atinja a sua eficácia.

AL: O que você pensa a respeito de nossa categoria ainda não ter um piso salarial fixo em nosso estado? 
ML: Penso que estamos em um estado de desorganização e desarticulação total da categoria, os profissionais pensam de forma individualizada e o Sindicato não atua de forma conjunta com o Conselho Regional, é uma vergonha termos um piso que corresponde ao salário mínimo.


O blog Farmácia em Foco agradece a participação e a gentileza da Farmacêutica Mayara Ladeira em atender nossos alunos

2 de ago. de 2011

Chip: Possível Novo Exame de HIV

"Teste de sangue portátil e barato feito com a ajuda de um chip é tão seguro quanto os exames laboratoriais caros para detectar o HIV" 
(Ruanda, na África, e publicado nesta semana na revista "Nature Medicine")


     Chamado de “mChip”, o exame derruba três barreiras para o teste de HIV em larga escala em países pobres: a dificuldade de acesso, os altos custos e a demorada espera por resultados.
     O teste, feito em um aparelho do tamanho de um cartão de crédito, também é capaz de detectar outras doenças infecciosas, como a sífilis.
     A expectativa é que o chip custe US$ 1 por unidade – bem mais barato que a alternativa laboratorial.


Fonte: G1.com/Ciência e Saúde


Mirna Gois 
Mestranda em Ciências Farmacêuticas 
bloginfarmacia@gmail.com