Uma versão inerte do vírus da Aids foi usada com sucesso por cientistas norte-americanos para modificar geneticamente células de defesa do organismo e tratar pacientes com leucemia. O procedimento foi descrito nesta semana pelas revistas médicas New England Journal of Medicine e Science Translational Medicine.
O tratamento consiste em retirar os linfócitos T – importantes agentes de defesa do corpo – e transferir novos genes para elas. A mudança as torna capazes de destruir as células cancerosas que causam a leucemia e, assim, fazem com que o tratamento tenha sucesso.
A transferência de genes para a célula é feita normalmente por um vírus, e é nessa fase que o HIV é usado; foi com ele que os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram modificar geneticamente as células de defesa.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfoide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.
Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfoide aguda. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.
FONTE: G1.com/Ciências e Saúde
Mirna Gois
Mestranda em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com
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