A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu na segunda-feira reclamações sobre uma segunda marca de próteses de silicone para implantes nos seios: a holandesa Rofil. Assim como francesa PIP, fabricante Rofil também utilizava gel industrial. As queixas partiram de usuárias brasileiras. O órgão procura agora descobrir quantas unidades foram importadas e usadas no Brasil.
Fonte: Clinicaleger |
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, listou o plano de ação definido após o caso PIP, que inclui vistorias em fábricas estrangeiras e nacionais e avaliação dos lotes de produtos na chegada ao país. Também estabelece a criação de um cadastro para mulheres que já usam próteses e um registro a ser feito por profissionais da saúde com informações sobre as próteses mamárias colocadas e seus eventuais problemas.
Irritações cutâneas, reações inflamatórias e até problemas como a mastite podem surgir com o rompimento das próteses, mas a ligação do material com a incidência de câncer não ficou provada, segundo a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (AFSSAPS).
Em comunicado divulgado na semana passada, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética recomendou a retirada preventiva dos implantes da Rofil e da PIP. A sociedade brasileira de cirurgiões plásticos descarta uma remoção por precaução. A orientação, como é também a da Anvisa, é que as pacientes com implantes das duas marcas procurem seus médicos para uma avaliação clínica. Para os cirurgiões, a retirada do implante deve ser feita somente em casos confirmados de ruptura.
Mirna Gois
Mestre em Ciências Farmacêuticas
bloginfarmacia@gmail.com
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