22 de mai. de 2011

Chás e cápsulas naturais: efeitos adversos se usados sem prescrição

     Se um produto é natural e não precisa de prescrição médica para ser usado, ele deve ser seguro, fazer bem à saúde e quase não ter efeitos colaterais, certo? Não necessariamente. A medicina alternativa complementa os cuidados com a saúde — cerca de 25% de todos os medicamentos são derivados de árvores, arbustos ou ervas. Mas, se não usados com cautela, os produtos naturais podem causar reações adversas e até modificar a ação de outros remédios.
     “As pessoas acham que é natural e que pode tomar à vontade. Acham que, se não faz bem, mal não faz. Isso é errado, porque dependendo da dosagem pode virar veneno. Ou seja, não se deve tomar chás ou cápsulas naturais sem orientação”, explica o médico João Marcello Branco. Os fitoterápicos são uma classe de substâncias retiradas da natureza classificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como medicamentos e devem ser tratadas como tal.

     “Algumas ervas potencializam o efeito dos medicamentos sintéticos. Outras atrapalham. Além disso, muitas vezes as drogas e os fitoterápicos são metabolizados no mesmo órgão, como o fígado. Isso sobrecarrega seu funcionamento e pode provocar uma hepatite medicamentosa aguda”, diz Branco.


Misturas Perigosas
CAMOMILA
Usada como calmante e anti-inflamatório, prejudica a ação de remédios para afinar o sangue e bloqueia a absorção de ferro.
ÉFEDRA
Indicada para tratamento de obesidade e asma, a substância aumenta a pressão arterial e pode estimular excessivamente o sistema nervoso central.
GINKGO BILOBA
A planta costuma ser usada para melhorar a circulação e até mesmo a memória, mas pode trazer sérios riscos. O produto potencializa o efeito dos medicamentos para afinar o sangue e pode aumentar o risco de convulsões.
GINSENG
Usado como estimulante, o ginseng interfere na ação de medicamentos para o coração, para controlar a pressão e para diabete. Além disso, o produto prejudica a ação de antidepressivos e de drogas para afinar o sangue.


FONTE: Parceiro da Saúde

Enviado por Paulo Tércio (aluno 1° período farmácia - UFPI)

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