Medicamentos à base de plantas medicinais - fitoterápicos - podem provocar efeitos colaterais, dependendo da dose e da planta; além disso, podem não surtir efeito prometido ou ainda gerar outras doenças.
Muita gente tem o costume de comprar medicamentos à base de plantas medicinais - os chamados remédios fitoterápicos. Mas é preciso muito cuidado para não adquirir produtos falsificados ou sem registro no Ministério da Saúde.
No Recife, pesquisadores da Universidade Federal e Federal Rural de Pernambuco descobriram que muitos desses remédios não estão dentro de um padrão de qualidade. Em busca da cura, há quem prefira o que parece mais saudável. “Geralmente eu uso mais o fitoterápico, porque ele não tem contra-indicação. A gente toma e não sente, ele é totalmente natural, né?”, diz a funcionária pública Maria Aparecida Ferraz. Mas não é bem assim.
Os remédios fitoterápicos podem, sim, provocar efeitos colaterais, dependendo da dose e da planta. Selos que dizem "100% natural" podem enganar o consumidor. O problema pode ser ainda mais grave: podem não surtir o efeito prometido ou ainda gerar outras doenças.
Durante cinco anos, os estudiosos analisaram mais de 200 produtos - entre chás e comprimidos - e constataram que 59,2% continham alguma impureza. Em outra pesquisa, surge outro dado importante: 92,6% dos medicamentos analisados não tinham bula ou informações na embalagem sobre a indicação de tratamento.
“As bulas nos produtos fitoterápicos são o principal instrumento de informação ao consumidor, tudo isso tem que vir informando, as propriedades biológicas, o correto uso, os grupos de risco que não podem tomar e outras informações que são necessárias para o uso racional”, explica o pesquisador da UFPE Joabe Gomes de Melo.
Na hora da compra, o consumidor deve verificar se o remédio está inscrito no Ministério da Saúde. Mesmo os xaropes devem ter o número da inscrição na embalagem - desista do produto "isento de registro".
A Vigilância Sanitária já identificou no mercado um golpe a saúde do consumidor. O "Natural Life", que se apresenta como remédio para dores feito à base de plantas, na verdade contém hormônios e outras substâncias químicas. Além de não ter registro, não se sabe onde é fabricado.
"Nesse caso é um medicamento que está sendo vendido como natural, principalmente para idosos, com dores de coluna, problemas de ortopedia... A gente constatou que ele tinha cinco substâncias corticóides, altíssimas doses de antiinflamatórios, e nós não sabemos o que isso está causando na população que está usando isso como sendo um produto natural", afirma Jaime Brito.
FONTE: pe360graus.com
Enviado por Carla Mariana (aluna 1° período Farmácia - UFPI)
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